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O que é arquitetura?Como se sabe, a arquitetura é uma das profissões mais antigas do mundo, mas não é só isso que causa tanto encantamento por esta arte... ela também é muito próxima e presente no nosso cotidiano. Todo mundo já teve ou vai ter seu "momento arquiteto" na vida. Seja ao pensar na planta da sua casa, ao imaginar e rabiscar a fachada da sua loja, ao ajudar a vó a planejar seu jardim ou até mesmo ao tentar decorar seu quarto mais ou menos igual àquela capa de revista. Além disso, a arquitetura é uma arte de fácil acesso, podendo ser contemplada ao caminhar pelas ruas da cidade, pelos parques ou mesmo dentro de casa, ao assistir filmes e programas de TV. As responsabilidades de um arquiteto são inúmeras e atingem toda a escala da vida humana. Envolve desde o design de mobiliários até o planejamento de cidades inteiras, passando por projetos de edifícios, projetos de interiores e paisagismo. Resumindo, vou citar a melhor frase que encontrei para definir a Arquitetura. As palavras são do Mestre Lucio Costa: " (...) A intenção plástica que semelhante escolha subentende é precisamente o que distingue a arquitetura da simples construção (...) Pode-se então definir arquitetura como construção concebida com a intenção de ordenar e organizar plasticamente o espaço, em função de uma determinada época, de um determinado meio, de uma determinada técnica e de um determinado programa." Lucio Costa. Na mesma proporção que a arquitetura é arte, é plástica, ela tem também seu lado lógico. Há de ter um entendimento racional sobre o espaço físico, sobre a disponibilidade de recursos e sobre as técnicas de construção antes de se iniciar um estudo. Este fato explica o porquê de existirem tantos estilos e tantas técnicas diferentes ao redor do mundo. Cada comunidade adapta a arquitetura aos seus costumes, ao seu ambiente, ao clima a que está exposto e a sua necessidade. Somente unindo a estética e a razão é possível tornar o projeto único, compatível e acessível, como um projeto arquitetônico de verdade! Por esses e outros motivos, a arquitetura é a arte que mais desperta curiosidades e a única capaz de concretizar sonhos!
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Como escolher o terreno ideal?Tá pensando em construir? Ótimo! Mas antes de fazer a escolha pelo terreno, dê uma olhada nas nossas dicas abaixo... elas vão te ajudar a decidir pela melhor opção! Não é com pouca frequência que ouvimos que tal pessoa tem o sonho de construir sua própria casa... a casa perfeita e planejada especialmente para sua família! Mas, para que o resultado final deste objetivo seja satisfatório, é necessário um pouco de cuidado na hora de escolher o terreno. Além da questão “valor”, muitas outras observações devem ser levadas em consideração antes de bater o martelo. Abaixo, selecionamos as principais dicas para ter sucesso nessa escolha! 1 - Tenha uma ideia inicial sobre o projeto e a metragem quadrada a construir A primeira etapa é ter em mente uma ideia sobre o tipo de construção que se deseja. Quer uma casa térrea que ocupe grande parte do terreno ou quer um espaço de lazer amplo? Quantos quartos serão necessários? Quer um espaço gourmet interligado com a piscina? Todos esses fatores, logicamente, vão influenciar no tamanho e na forma do terreno a ser escolhido. Se não levar em conta uma pré-concepção do projeto pode acabar decidindo por um terreno incompatível com o seu sonho. 2 - Verificar o zoneamento e o código de obras do local Outro fator importante é saber a respeito da legislação local, dos recuos mínimos, das alturas máximas e das taxas de ocupação. Se há alguma restrição quanto ao corte de árvores existentes ou se o terreno está localizado em uma área de proteção permanente (APP) ou de proteção ambiental (APA). Em cidades históricas, dependendo da local, pode haver também restrições quanto às definições de fachadas. Em condomínios fechados, geralmente há normas específicas que devem ser previamente aprovadas como, por exemplo, uma área mínima de permeabilidade. Todas essas normas vão dar as diretrizes para o inicio do projeto, por isso, é importante considerá-las antes da compra. 3 - Terreno plano é melhor? A grande maioria das pessoas acham que os terrenos planos são melhores. Elas estão certas? DEPENDE! Mais uma vez, é importante saber qual o tipo de construção você pretende fazer. Terrenos em aclive (quando os fundos são mais altos que o nível da rua) e em declive (quando os fundos são mais baixos que o nível da rua) geralmente tem um valor menor do que os planos e podem render ideias muito interessantes. Um bom arquiteto pode usar esses fatores a favor do projeto, criando volumetrias e patamares intermediários para suavizar os desníveis. Por outro lado, se deseja ter uma casa térrea, sem degraus, a dica é procurar realmente por um terreno mais plano, pois movimentar a terra com cortes ou aterros pode encarecer muito a obra. 4 - Qual a importância da posição do terreno em relação ao sol? IMPORTANTÍSSIMO!!!! Quando me pedem uma consultoria para escolha de terreno, esse é o ponto que mais enfatizo e muitas vezes escuto a frase: “Acho que não vou me preocupar com isso agora... depois resolvemos essa questão com o projeto”. NÃO! Esse ponto é sim um dos principais porque tem coisas que o projeto não consegue resolver... como por exemplo, mudar o movimento do sol. Se você tiver poder de escolha, pense sim no Sol! Se não tiver uma planta que indique a posição do norte em relação ao seu terreno, faça o seguinte: Vá até o terreno pretendido bem cedo, por volta das 08h00 e fique de frente para o sol. Nesta posição, o leste estará na sua frente (onde o sol nasce) e o oeste nas suas costas (onde o sol se põe). Então vire, mais ou menos, 90° para a sua esquerda e encontrará o norte!!! Outra opção é estender a sua mão direita para a posição onde o sol nasce (leste) e a esquerda para onde o sol se põe (oeste). Desta forma, o norte estará localizado na sua frente e o sul, nas suas costas. O sol da manhã é interessante para os ambientes de estar: quartos e salas. Isso porque se estes ambientes receberem o sol da tarde, podem ficar muito quentes a noite e aumentar a necessidade do uso de ar condicionado e ventiladores. Cozinha, banheiros e lavanderia também devem receber insolação, mas estes podem receber o sol da tarde sem maiores problemas. Se pensa em construir áreas de lazer com piscina, a atenção deve ser redobrada neste aspecto para não cometer erros. 5 - Tipo de solo Para ter certeza do tipo de solo do terreno, é imprescindível contratar uma sondagem. Mas enquanto estiver ainda na fase da escolha observe o entorno para ver se há lagos, rios ou córregos nas proximidades, pois a presença de água pode encarecer a fundação. Na dúvida, pergunte para os vizinhos ou para o responsável pelo empreendimento (em caso de condomínios) qual o tipo de solo encontrado naquela região. Tente diminuir a possibilidade de surpresas ruins futuras. 6 - Localização e vizinhos Essa questão é básica, mas não pode deixar de ser citada... Analise muito bem a localização e seus vizinhos. Gosta de sossego, então escolha uma área de uso estritamente residencial. Gosta de ruas movimentadas? Então procure por regiões com comércio aquecido. Terrenos próximos a supermercados, padarias, farmácias e shoppings costumam ser bem valorizados e tornam a vida mais prática. Ruas com vida noturna agitada pela presença de bares, lanchonetes e restaurantes podem incomodar pelo barulho e trânsito, mas ao mesmo tempo trazem mais segurança. Eleja suas prioridades! 7 - Vista e privacidade De nada adianta procurar o terreno ideal, com a topografia bacana e com a melhor posição solar possível, se ao lado estiver localizado um prédio de 10 andares que afetará a sua vista, sua privacidade e a insolação na sua casa. Tente fugir desta situação. É impossível prever uma situação futura, mas cheque a legislação para saber se o local permite construções verticais. Se isso não for um empecilho para sua escolha, pelo menos estará preparado caso aconteça. 8 - Infra estrutura Pesquise sobre a infra estrutura oferecida no local. Rede de abastecimento de água e esgoto, luz e gás são básicas, mas levante também sobre a disponibilidade de linhas telefônicas, internet e TV à cabo. 9 - Documentação Por fim, analise se a documentação do terreno está em ordem. Solicite a matrícula atualizada, o carne do IPTU (para confirmar as metragens e o valor venal) e a certidão negativa de débitos (para garantir que não há dívidas junto ao município). Não haja por impulso! Gastar um tempo a mais para esta etapa vai garantir que você elimine muitos problemas que poderiam surgir lá na frente. Se já tiver algum arquiteto de sua preferência para construir a sua casa, contrate-o também para uma consultoria sobre a definição do terreno. Lembre-se: seu sonho está só começando a se concretizar, então comece com o pé direito!
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Como é uma construção por alvenaria?Por definição, alvenaria é um elemento construtivo formado pela justaposição de blocos sólidos que podem ser unidos por argamassa, ou não. Esses blocos são geralmente feitos de concreto, de cerâmica, de vidro ou de pedras. Na prática, a alvenaria é a nossa parede, o muro que divide a nossa casa da casa do vizinho. Ela pode exercer funções diferentes dentro de uma construção: a função de vedação, quando é utilizada somente para dividir ambientes e a função de estrutura, suportando cargas além do seu peso próprio, neste caso, é chamada de alvenaria estrutural. Abaixo explicamos melhor as características destas duas funções e suas vantagens e desvantagens: Alvenaria de vedação: A alvenaria quando usada para simples vedação não tem função estrutural, ou seja, a estrutura é erguida independentemente dela, com o auxílio de elementos estruturais (pilares e vigas) de concreto ou metálicos. Esse sistema construtivo é chamado de convencional. As vantagens de construir neste sistema convencional giram em torno da liberdade do projeto, que pode considerar grandes vãos livres e caixilharia fora dos padrões pré-estabelecidos. Além disso, permite reformas futuras, desde pequenas adaptações até demolição de paredes e divisórias inteiras (desde que a estrutura não seja afetada). É o sistema mais utilizado no Brasil exatamente por permitir projetos arquitetônicos com ambientes integrados (conceito que hoje em dia é o mais pedido), plantas mais modernas e fachadas mais arrojadas. Casa construída no sistema convencional. A estrutura proporciona maior liberdade no projeto. Fonte: http://www.algarveresidentes.com Novamente uma construção em sistema convencional com um grande vão fechado em vidro. Fonte: http://www.decoralternativa.com.br A mão de obra não precisa de grandes especializações, mas é importante ficar atento na hora da execução, pois alguns vícios construtivos podem acontecer: como as paredes saírem fora de prumo ou de esquadro ou ocorrerem muitos desperdícios na hora de quebrar as paredes para passagem da infraestrutura elétrica e hidráulica (neste caso, é altamente aconselhável que haja um projeto a ser seguido para que não seja preciso fazer improvisações que gerem maiores desperdícios). Uma forma de evitar vícios e improvisos é contratando um profissional qualificado para fazer o acompanhamento e gerenciamento da obra! Alvenaria estrutural: Como o próprio nome diz, neste sistema a alvenaria tem a função estrutural, ou seja, ela deve suportar as cargas das lajes e coberturas, além do seu peso próprio. É um dos sistemas construtivos mais antigos do mundo, mas vem se modernizando e já á capaz de sustentar prédios de até 20 pavimentos. Mais utilizado em prédios do que em casas, esse sistema (também chamado de racionalizado) produz menos entulho na obra, pois não há quebras para a passagem de infraestrutura elétrica e hidráulica (que podem ser instaladas ao mesmo tempo em que a alvenaria é levantada ou executadas de forma aparente com eletrodutos), tem um prazo de execução mais rápido e, consequentemente tem um custo menor comparado à construção convencional. Como, neste caso, a alvenaria vai sustentar a construção, é indispensável a elaboração de um projeto executivo que deverá conter todas as informações e detalhes sobre o alinhamento da parede, o posicionamento dos blocos e das fiadas e também a localização dos pontos elétricos e hidráulicos. Tão fundamental quanto um bom projeto, é ter uma mão de obra qualificada (mais especializada que no caso convencional) e a supervisão de um profissional. Tudo isso é determinante para evitar erros estruturais que podem se tornar gravíssimos no futuro. Muito comentado pela mídia, a casa da dona Dalvina, na Vila Matilde, ganhou o prêmio internacional de “Melhor Construção do Ano de 2016” pelo site ArchDaily. Projetada pelo escritório Terra e Tuma, a casa foi construída no sistema estrutural, com paredes e cobertura de concreto por um baixo custo, de R$150 mil. Fonte: http://casa.abril.com.br As principais desvantagens deste sistema, ao contrário do convencional, se referem à falta de liberdade na concepção do projeto e à impossibilidade de fazer reformas, mesmo que sejam bem simples, já que qualquer alteração na alvenaria significa alteração na estrutura da construção. Por isso, antes de sair quebrando uma parede é necessário se informar sobre o tipo de construção adotado. Qualquer que seja a sua escolha, que seja consciente! Referências: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABXwAAF/alvenarias http://www.labeee.ufsc.br/sites/default/files/disciplinas/Aula%202-%20Alvenarias_%20introducao%2Bvedacao.pdf https://www.bimbon.com.br/aprenda/entenda-a-diferenca-entre-construcao-convencional-e-alvenaria-estrutural/ http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=7&Cod=1642 http://www.pgcblocos.com.br/
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Como funcionam as estruturas metálicas?As estruturas metálicas estão presentes na construção civil desde o final do século 18 e, mesmo sendo um sistema muito antigo, ainda tem um grande obstáculo a vencer: a cultura do concreto! No mundo inteiro, o concreto é predominante em todos os tipos e tamanhos de construções, mas no Brasil ele é arrasador... cerca de 90% das edificações no país são executadas com este material. O fato se deve, entre outros fatores, à disponibilidade, facilidade de mão de obra e maior conforto térmico, porém, segundo alguns especialistas, o principal motivo desta preferência é de caráter cultural e reflexo das primeiras construções modernas brasileiras, principalmente vinculadas à arquitetura de Oscar Niemayer. Especificamente para residências, a construção em aço vem, aos poucos, ganhando espaço pelas vantagens que oferece e pelo custo benefício que muitas vezes é indiscutível. Muitas pessoas me perguntam se a estrutura em aço é mais barata que a em concreto e a resposta não é assim tão simples. Depende. A tão esperada economia na obra está ligada diretamente ao projeto que deve ser elaborado levando-se em conta as características específicas do material, desde a fase do estudo preliminar até a fase dos detalhamentos. Gosto de frisar a importância de um bom planejamento pois por ser um sistema construtivo com elementos fabricados, a estrutura metálica não aceita mudanças inesperadas na obra. Uma das etapas mais importantes do projeto é a de definição dos tipos de ligações entre o aço e os demais materiais empregados que deverão garantir a estabilidade da estrutura, estanqueidade e conforto térmico e acústico da obra. Mas, voltando ao questionamento feito acima, se o profissional envolvido souber tirar proveito das vantagens do aço, ao final da construção é possível conseguir uma economia de até 15% em relação ao método convencional de concreto. Vamos, então, às principais vantagens de construir com sistema metálico: Na etapa de planejamento: - Projetos ousados: Tecnicamente, o uso do aço possibilita maior liberdade na criação dos projetos. - Vãos livres e área útil: As propriedades do aço permitem maiores vãos entre apoios e seções mais esbeltas das peças, garantindo melhor aproveitamento do espaço. - Qualidade: as peças são produzidas em escala industrial, com mão de obra qualificada, o que confere maior qualidade da estrutura. - Precisão milimétrica: O sistema metálico é fabricado com precisão milimétrica, garantindo uma construção aprumada e nivelada e, consequentemente, diminuindo os desperdícios com materiais. - Precisão de orçamento: Por se tratar de uma estrutura previamente calculada e enviada para produção, sem espaço para improvisação, o custo final tende a seguir à risca o que foi planejado. Na obra: - Redução de peso: As estruturas metálicas são consideravelmente mais leves que as estruturas de concreto, por isso são capazes de reduzir o custo das fundações em até 30% e possibilitar construções em solos com baixa capacidade de carga. - Sustentabilidade: O aço é um material 100% reciclável. - Menor tempo de obra: A construção em aço pode representar uma redução de tempo de obra de até 40% em relação a construção convencional, isso se deve também pelo fato de a fundação poder ser executada em paralelo à produção das estruturas. - Canteiro de obra limpo e organizado: Menor produção de entulhos, menos desperdício, menos acúmulo de matéria-prima e, consequentemente, menos acidentes de trabalho. Como desvantagens, podemos citar o elevado custo inicial da obra (como a estrutura metálica é produzida em pequena escala, o custo da matéria prima ainda é mais caro) e a menor quantidade de mão-de-obra disponível (que ao contrário do que acontece com a construção convencional, necessita de especialização). Por fim, é imprescindível que haja um estudo sobre o melhor sistema construtivo específico para cada obra, analisando o solo, o clima, o partido arquitetônico, o projeto e a disponibilidade de recursos. O que mostramos aqui é que o aço pode e deve ser considerado no momento dessa escolha. Referências: Estruturas Metálicas – Noções básicas – Prof. José Henrique Serafim http://wwwo.metalica.com.br/analise-comparativa-estrutura-metalica-x-concreto http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=19&Cod=621 https://www.eec.ufg.br/n/24584-construcao-metalica Estruturas Metálicas – Noções básicas – Prof. José Henrique Serafim
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